Lourdes Franco vence embate com Minas e fica com 100% da TV
Lourdes Franco: fatura liquidada, a TV Sergipe é 100% de
Sergipe
A empresária Lourdes Franco e sua única herdeira, Carolina
Franco, detentoras de 50% das ações da TV Sergipe na sociedade com o empresário
Albano Franco, fizeram valer o direito preferencial de que dispunham no arranjo
societário e fecharam negócio pelo arremate dos 50% que estavam em mãos do
irmão do seu falecido marido e pai, Cesar Franco.
Com isso, foi dada por encerrada nesta segunda-feira a
negociação que Albano Franco vinha mantendo há cerca de quatro meses como
empresário mineiro Rogério Simões, dono da Rede Integração, que tem uma série
de afiliadas da TV Globo dentro do Estado de Minas Gerais.
A confirmação do fechamento do negócio foi dada com
exclusividade à coluna Aparte nesta terça-feira pelo empresário Ricardo Franco,
um dos dois herdeiros de Albano Franco. “O destino da nossa participação na TV
Sergipe foi resolvido. Já está tudo assinado e ficou com as duas outras
sócias”, disse Ricardo Franco, numa referência a Lourdes e a Carolina Franco.
“A verdade é a seguinte: tínhamos a proposta de Minas Gerais
bem encaminhada, mas a mãe e a filha tinham, naturalmente, o direito de
preferência, e quiseram usá-lo. Isso é legal, e elas exerceram esse direito de
preferência. Acabou. Foi resolvido o negócio muito bem. Nós achamos que foi um
negócio bom para ambas as partes”, disse Ricardo, sem nenhum remorso de ter
aberto mão dos 50% do seu tronco familiar.
“Assinamos tudo ontem, última segunda-feira, e agora vamos
fazer os ritos normais da transmissão da empresa”, reforça Ricardo. Zeloso com
os negócios da família, Ricardo se recursa a dizer quanto custou - assim como
não revelava quanto seria na transação com Rogério Simões - e nem como se dera
o pagamento.
“Não tinha multa nenhuma frente ao trato mineiro. Fomos
apenas guiados pelo direito de preferência. O empresário de Minas é um cara
muito bom, mas acho que a solução daqui foi também muito boa para Sergipe. As
duas opções seriam boas para nossa parte”, reforça.
Aliás, a ruptura societária selada entre Albano Franco e
Lourdes Franco/Carolina Franco nesta segunda-feira encerra um marco
importantíssimo na família Franco: ele, a cunhada e sobrinha compunham a única
sociedade entre herdeiros de Augusto Franco desde 1993, quando o médico,
industrial e ex-governador fez a partilha de seus bens entre seus filhos. Os
demais que saíram juntos em 93 já haviam se resolvido.
A coluna Aparte fez contatos com Lourdes Franco nesta
terça-feira para saber o sentimento dela frente à solução para o negócio TV
Sergipe. Reservada, Lourdes preferiu não falar. Mas deixou patente que está
contente com o desfecho.
Através de um dos executivos da TV Sergipe, o jornalista
Fábio Carneiro, gerente de Programação, que por vezes assume a posição do
porta-voz da empresa, Lourdes Franco disse que vai esperar o momento oportuno
para falar. “Assim que o assunto for resolvido, eu comunico oficialmente”,
teria dito Carolina Franco ao porta-voz. “Ela só quer falar quando tudo for
resolvido 100%”, disse Fábio. A coluna Aparte entende e acolhe.
Publicado originalmente no site JLPolítica, em 05 de Dez de 2017
A TV Sergipe e o direito de não ser mineira
TV Sergipe: que fique em Sergipe
Desde que o empresário Albano Franco começou a negociar com
o empresário mineiro Rogério Simões a venda dos seus 50% de participação na TV
Sergipe, uma série de comentários de desconforto tomou conta do mercado.
Um desses comentários dizia que a venda estava sendo
embargada por Lourdes Franco, a dona dos outros 50%, em virtude de discordar do
modelo de gestão que Rogério Simões adotaria se passasse a ser dono da outra
parte da TV.
O modelo de gestão apontava para a retirada pela cepa da TV
Sergipe dos limites de Sergipe, levando-a para bem longe, onde
desenvolver-se-ia a sua administração e outras decisões, deixando o Estado
apenas como um apêndice provedor de conteúdos decididos lá das terras alterosas
do Brasil.
Na verdade, esse modelo nunca foi tratado de público por
nenhuma das três partes envolvidas - Albano, Lourdes e o ex-futuro novo dono
Rogério. Mas o que se dizia na praça era que Lourdes, feito uma leoa frente à
sua cria, entesara. Não aceitava que fosse assim.
Se ela se portou desse modo, portou-se bem. Porque, mesmo
sem bairrismos afetados, Sergipe não merece mais um golpe de esvaziamento de
suas instituições. E a TV Sergipe é, sim, uma instituição da sergipanidade -
assim como a TV Atalaia, você goste ou não delas, leitor.
Mesmo que a matriz Globo lhe passe um garrote constante, lhe
engesse, lhe subtraia direitos e prerrogativas de programação, a TV do Morro da
TV é uma instituição de quase 50 anos de serviço dos sergipanos. E, portanto,
conquistou e merece respeito.
Certamente, Lourdes e sua filha Carolina estão preparadas
para mantê-la num patamar de fazê-la servir bem mais a Sergipe. Portanto,
quando elas exerceram um direito de preferência, o fizeram em nome de Sergipe.
Não quereríamos, sim, uma TV Sergipe à mineira.
Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
Eu tenho o imenso prazer de fazer parte da história da TV Sergipe.
ResponderExcluirNo dia 12 de maio de 1971 ficou registrado a entrada oficial da Fase Experimental da Rádio e Televisão de Sergipe,
Localizada no Alto do Morro da TV, no bairro Cidade Nova, na cidade de Aracaju, Capital sergipana.
Foram exibidos documentários cedidos pelas embaixadas da França e da Alemanha, além das apresentações dos artistas locais, dentro do Programa O SHOW NOSSO DE CADA DIA, que ia ao ar a partir das 20h00.
Atendendo ao convite de um Produtor Musical e Empresário sergipano, que lamentavelmente, eu já nem lembro o seu nome, fiz uma apresentação especial tocando e cantando 5 músicas.
Eu ganhei trinta minutos para mostrar as minhas qualidades tocando violão e cantando sucessos da época.
Obrigado jorge, pelo seu depoimento. Um abraço.
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