William Bonner e Renata Vasconcellos no novo estúdio do JN.
Nova redação da Globo integra jornalistas de TV e internet.
Fotos: Globo/João Cotta.
Publicado originalmente no site G1, em 19/06/2017.
Jornal Nacional estreia em casa nova.
Estúdio fica no centro de uma redação com 1.370 m², que
integra equipes da TV e internet.
Por G1
OJornal Nacional desta segunda-feira (19) foi transmitido do
novo estúdio do telejornal, que fica no coração do recém-inaugurado prédio da
Redação de Jornalismo da Globo no Rio de Janeiro.
Com a tecnologia a serviço da notícia, o cenário foi montado dentro de um espaço totalmente novo, que reúne jornalistas de TV e da internet.
Com a tecnologia a serviço da notícia, o cenário foi montado dentro de um espaço totalmente novo, que reúne jornalistas de TV e da internet.
A redação é composta pelas equipes da Editoria Rio, G1 Rio,
Bom Dia Brasil, além do Jornal Nacional, e foi projetada para tornar mais
eficiente o fluxo de informação e dar agilidade à produção para diversas
plataformas. A GloboNews tem no local um posto avançado, para facilitar a
integração com a cobertura de notícias relativas ao Rio.
“Nosso primeiro compromisso é com o jornalismo e é
significativo que, no auge de um período crítico da vida nacional, estejamos
inaugurando um moderno estúdio de jornalismo na Globo”, disse Roberto Irineu
Marinho, presidente do Grupo Globo, durante a inauguração do prédio, na tarde
desta segunda-feira, reafirmando também o compromisso da empresa com a verdade,
com a continuidade de seus negócios e com o Brasil.
“Somos e queremos continuar sendo uma empresa familiar, que
olha para o longo prazo e – como diz um dos nossos valores – investe hoje para
construir o futuro onde queremos viver. Mesmo nos momentos de crise, nunca
paramos de investir. A preservação e a continuidade de nosso grupo de empresas
é, portanto, o nosso segundo compromisso”, disse. Roberto Irineu estava
acompanhado dos irmãos e vice-presidentes do Grupo Globo, João Roberto Marinho
e José Roberto Marinho (veja a íntegra do discurso no final da reportagem).
A nova redação dobrou de tamanho e passou a ter 1.370 m²,
ocupados por 189 postos de trabalho, 18 ilhas de edição, três de pós-produção,
duas cabines de locução e salas de reunião – tudo ao redor do moderno estúdio
do JN.
Tecnologia, inovação e a notícia no centro da nova redação
da Globo
"O estúdio do JN, que é a estrela, é visualmente
bonito, mas ele não é algo só para ser visto, é para ser usado. Tudo que
encantará informará ao mesmo tempo. Esse é o grande passo que a gente está
dando”, disse o diretor-geral de Jornalismo, Ali Kamel.
Inovação
“Temos o compromisso com a inovação e com surpreender a
nossa audiência. É um projeto bem diferente de tudo que existe, não tínhamos
referências para seguir. As inovações complementam a apresentação talentosa dos
âncoras, que poderão interagir com os gráficos, correspondentes e
apresentadores do tempo, por exemplo”, contou o diretor de Ilustração e Arte do
Jornalismo e Esporte, Alexandre Arrabal, responsável pelo projeto.
Atrás da bancada dos apresentadores há um vidro de 15 metros
em curva, desenvolvido exclusivamente para o cenário do Jornal Nacional, que dá
uma perfeita visão da redação em funcionamento. O vidro é revestido por uma
película que escurece sincronizada a nove projetores a laser para permitir
imagens de excelente qualidade.
No fundo da redação, uma tela de LED retrátil – com 16
metros de largura, três de altura e cerca de três toneladas – dá um efeito 3D
os recursos gráficos do estúdio. As artes projetadas podem ser vistas de
diferentes perspectivas, segundo o movimento das câmeras.
“É um estúdio imponente. A identidade visual vem acompanhada
de uma razão de ser, associando beleza e funcionalidade. Tecnologia e elementos
do cenário trabalham em função da notícia. É uma maneira de levá-la ao público
de forma mais clara e rápida e, por que não?, mais bonita também”, declarou a
editora-executiva e apresentadora Renata Vasconcellos.
“Fiquei encantado quando entrei pela primeira vez no
cenário. É emocionante ver o que estava em um projeto gráfico se consumar numa
obra física, muito bonita e impactante”, afirmou William Bonner, editor-chefe e
apresentador do JN.
Apresentadores e repórteres falam do novo estúdio do Jornal
Nacional
O estúdio também tem duas câmeras operadas por braços
robóticos, como os utilizados na indústria automotiva, adaptados e que se
movimentam em nove eixos. Suas trajetórias são pré-fixadas ou guiadas por
sensores pelo movimento dos apresentadores. Também há uma câmera de trilho de
chão, que se desloca acompanhando a curva do cenário, e outra de trilho aéreo,
que dá uma visão ampla de toda a redação.
A nova redação onde fica o estúdio tem uma sala de partida,
que funciona como um centro de apuração e monitoramento dos acontecimentos do
Rio de Janeiro, abastecendo ainda o Jornal Nacional e o Bom Dia Brasil com
informações do Brasil e do mundo. Por um grande video wall é possível monitorar
em tempo real agências internacionais de notícias, canais internacionais e
nacionais de relevância e todos os sinais de equipes externas em trabalho no
Rio. É feita aí também a escuta digital, que captura o que acontece nas redes
sociais.
Nesta sala ficam concentradas ainda as chefias de reportagem
e os supervisores de operações de jornalismo no Rio da Globo, da GloboNews e do
G1. Dos já modernos estúdios de São Paulo, que também privilegiam a interação
das equipes, continuarão saindo Jornal Hoje, Jornal da Globo, Hora 1, Profissão
Repórter, Globo Rural, Bem Estar e Como Será?. Fantástico tem seu estúdio e
redação próprios, assim como o Globo Repórter – estes dois no Rio de Janeiro.
"O valor maior do nosso trabalho é o nosso conteúdo. É
ele que nos alimenta, nos dá força e é fundamental. Em qualquer horário, em
qualquer programa ou telejornal, em qualquer mídia. Ao olhar para o futuro, a
gente vê que o jornalismo de verdade é o que permanecerá e tenho certeza que
juntos estamos construindo muito bem, com muita solidez, esse caminho",
afirmou o diretor geral da Globo, Carlos Henrique Schroder, durante a
inauguração.
Nova redação.
Casa do novo estúdio do Jornal Nacional, o novo prédio da
Redação de Jornalismo tem dois pavimentos. No primeiro está a redação
integrada, com as equipes da editoria Rio, do Bom Dia Brasil, do Jornal
Nacional, da Produção de Rede, dos sites dos telejornais, do G1, da agência
News Source e de Operações, além do posto avançado da GloboNews.
O térreo abriga as operações de externa e as áreas de apoio
e, para facilitar a logística, conta com um espaço dedicado ao carregamento das
Unidades Móveis do Jornalismo. A construção acolheu ainda soluções
sustentáveis. A fachada é revestida por uma tela com propriedades térmicas que
reduzem a incidência solar e, com isso, a temperatura interna do prédio. Um
telhado verde, além de servir como área de convivência, também ajuda no
isolamento térmico e a iluminação em LED diminui o consumo de energia.
“Estes três compromissos – com o jornalismo, com a
continuidade de nossas empresas e com o Brasil – são, para nós, indissociáveis.
Só com uma empresa que permanece e se sustenta conseguimos produzir jornalismo
independente. Só com a busca incessante da verdade – essência do jornalismo –
se pode compreender nossas mazelas e identificar caminhos. E só uma sociedade
que se reconhece e se valoriza constrói um caminho sólido para um futuro
melhor”, concluiu o presidente do Grupo Globo Roberto Irineu Marinho.
Leia a íntegra do discurso de Roberto Irineu Marinho:
Bom dia,
Hoje é um dia para comemorar. Afinal, mais uma vez colocamos
de pé um sonho, representado por essas fantásticas instalações que são fruto do
esforço e da criatividade de tantas pessoas. Este é um momento adequado para
refletir com vocês sobre o que isso representa para todos nós e reafirmar
nossos compromissos com o jornalismo, com a continuidade dos nossos negócios e
com o Brasil.
Nosso primeiro compromisso é com o jornalismo e é
significativo que, no auge de um período crítico da vida nacional, estejamos
inaugurando um moderno estúdio de jornalismo na Globo.
Somos um grupo de mídia que emprega 5.800 jornalistas em
todas as plataformas, - considerados os nossos afiliados - produzindo em tempo
integral notícias, análises e informação para diversos meios.
Na TV Globo, levamos ao ar mais de 7 horas de jornalismo por
dia, produzimos a Globonews, nosso canal 24 horas, e o G1, nosso portal de
informação.
Este investimento feito na quadra pela qual estamos passando
significa reafirmar nossa paixão pelo jornalismo e o compromisso com nossos
princípios editoriais.
A principal característica desta crise política não é apenas
a imprevisibilidade e o alto grau de incerteza, pois isso já aconteceu antes, é
a guerra da contrainformação, dos fatos alternativos, das teorias da
conspiração e, por que não dizer, do mar de mentiras que nos assola,
principalmente através da internet e das redes sociais.
O nosso compromisso com a verdade, com a “sua excelência, o
fato”, como diria Ulysses Guimarães, nos torna um porto seguro da informação e
um dos alicerces da vida democrática. Dá para imaginar o que seria se não
existíssemos junto com outros respeitados baluartes do bom jornalismo no
Brasil?
O Grupo Globo faz 92 anos esse ano. A partir do meu avô,
Irineu Marinho, fundador do jornal 'O Globo' em 1925, estamos na terceira
geração a conduzir as nossas empresas.
Nosso trabalho principal é cuidar da saúde do grupo de
empresas e do exercício de sua missão e princípios, para entregá-lo saudável à
próxima geração que continuará a mesma tarefa.
Começamos com um jornal local, entre tantos outros que eram
publicados no Rio de Janeiro daquela época, crescemos para um conjunto de
empresas de rádio, revistas, jornais e televisão, e agora, no século 21,
tornamo-nos um grupo de mídia integrado e tão sofisticado quanto os grupos mais
importantes do mundo.
Nós, da terceira geração, já incorporamos a quarta,
representada por meu sobrinho Paulo e por meu filho Roberto, que seguiram um
duro programa de preparação para ocupar de forma planejada posições executivas
nas empresas. Além disso, meu neto mais velho, Rodrigo, membro da quinta
geração, acaba de fazer seu primeiro estágio aqui.
Somos e queremos continuar sendo uma empresa familiar, que
olha para o longo prazo e – como diz um dos nossos valores – investe hoje para
construir o futuro onde queremos viver.
Mesmo nos momentos de crise, nunca paramos de investir.
Apenas nos últimos doze meses, começamos a construção de um
novo estúdio de produção de novelas de concepção totalmente inovadora e que
deve dobrar nossa capacidade de produção, inauguramos as novas instalações do
jornal 'O Globo', adquirimos o controle do jornal 'Valor', investimos em
serviços e plataformas digitais no Zap e na Órama, ampliamos o alcance da
GloboPlay, nos associamos à 'Vice' no Brasil e lançamos a Nova Rádio Globo,
entre diversas outras iniciativas.
Estamos com resultados pujantes de audiência na TV Globo,
com produtos excelentes e inovadores, sendo vistos por mais de 100 milhões de
brasileiros a cada dia.
Nós não temos tempo para o pessimismo, nem para prestar
atenção aos boatos sem fundamento que com frequência lançam contra nós nas
redes sociais.
A preservação e a continuidade de nosso grupo de empresas é,
portanto, o nosso segundo compromisso.
Não existe em nenhum outro lugar um grupo de mídia que
produza tal quantidade de conteúdo de qualidade para sua população. Somos o
espelho do Brasil, refletindo seus anseios, seus problemas, seus sonhos e sua
realidade. Ouvimos os brasileiros e tocamos cada um na sua razão e emoção.
Ninguém é indiferente ao que a Globo faz: somos criticados e
elogiados, muitas vezes cobrados por ações que não estão no nosso escopo de
atuação como grupo de mídia, o que ressalta a percepção da nossa relevância.
Trazemos para o centro de discussões causas que mobilizam e
ajudam a transformar a sociedade, estimulando o debate, a diversidade e a busca
de saídas para as grandes questões nacionais.
Além disso, geramos 19 mil empregos diretos e 15.800
indiretos em prestadoras de serviços e pagamos 14 bilhões e meio de reais em
impostos nos últimos cinco anos.
Fazemos tudo isso com muito orgulho, pois assim fomos
construídos pelos que nos antecederam. E nem saberíamos ser diferentes.
Estamos totalmente comprometidos com a sociedade brasileira.
Estes três compromissos – com o jornalismo, com a
continuidade de nossas empresas e com o Brasil –, são, para nós,
indissociáveis. Só com uma empresa que permanece e se sustenta conseguimos
produzir jornalismo independente. Só com a busca incessante da verdade –
essência do jornalismo – se pode compreender nossas mazelas e identificar
caminhos. E só uma sociedade que se reconhece e se valoriza constrói um caminho
sólido para um futuro melhor.
Parabéns a todos...
Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com
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